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Crise de Sucessão Agita a Direita: Quem o Centrão e Conservadores Escolherão para 2026?

  • Foto do escritor: Elaine Ribeiro
    Elaine Ribeiro
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura


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O Vácuo de Bolsonaro e o Jogo de Xadrez Pós-Prisão

A política brasileira entrou em uma nova fase de incerteza após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado no mês passado por sua participação na tentativa de golpe de Estado. O cenário para as eleições presidenciais de 2026, que até então parecia orbitar em torno da teimosa manutenção da candidatura do próprio Bolsonaro, agora se abre em um complexo jogo de xadrez para o Centrão e o campo da direita.

A saída do ex-presidente do tabuleiro eleitoral, somada à sua inelegibilidade anterior, forçou a direita a buscar um nome capaz de herdar o "espólio" político do bolsonarismo, ao mesmo tempo que atraia o pragmatismo do Centrão.


O Favorito do Centrão: Tarcísio de Freitas

O nome que desponta com maior força e consenso entre as principais lideranças do Centrão – incluindo presidentes de partidos como PP, União Brasil e PSD – é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

  • Apoio Institucional: O governador tem sido visto como a opção com maior capacidade de unificar um arco amplo de legendas, de PL a União Brasil, passando por PP, Republicanos e MDB, na disputa contra a reeleição do atual presidente Lula (PT).

  • Afastamento do Clã: Dirigentes do Centrão veem em Tarcísio a chance de construir uma candidatura presidencial de direita que não inclua um membro direto da família Bolsonaro, reduzindo o risco de rejeição associado ao clã.

  • Resistência e Condição: Embora seja o preferido, Tarcísio resiste a embarcar na disputa sem a garantia de unidade total do campo bolsonarista e da direita.


A Opção do "Sobrenome": Flávio Bolsonaro

Em um movimento estratégico para preservar a marca e a militância, o ex-presidente Bolsonaro, agora em regime fechado, indicou o seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como seu sucessor.


  • Força Simbólica: A escolha visa capitalizar a memória eleitoral do bolsonarismo, reativando o voto "raiz" com a força do sobrenome.

  • Divisão Interna: A indicação, contudo, tem gerado resistência e fragmentação. Muitos líderes do Centrão, e até mesmo aliados próximos, não acreditam que Flávio tenha potencial para unir todo o grupo. Eles veem a jogada como uma forma de manter a relevância política da família enquanto o ex-presidente cumpre pena.


Outros Nomes na Disputa

Além de Tarcísio, outros governadores têm se movimentado para se posicionar como alternativa:

  • Ratinho Júnior (PSD-PR): Forte regionalmente e visto como um nome que poderia unificar a centro-direita caso Tarcísio não tope o desafio.

  • Ronaldo Caiado (União Brasil-GO): Tem articulado a nível nacional, mas ainda luta para estabelecer uma ponte sólida com o eleitorado bolsonarista mais fiel.

  • Romeu Zema (Novo-MG): Embora popular em Minas, não tem conseguido empolgar de forma consistente fora do seu estado.


O Fator Bolsonaro e a Campanha em 2026

Apesar de preso e inelegível, Jair Bolsonaro continuará sendo um ator relevante. Advogados eleitorais apontam que, assim como ocorreu com Lula em 2018, o ex-presidente poderá ter sua imagem e nome utilizados indiretamente por aliados nos programas eleitorais, garantindo uma presença simbólica e a mobilização do seu eleitorado.

A pressão sobre os candidatos agora é para uma definição rápida. O Centrão e a direita sabem que a fragmentação pode ser fatal contra uma possível chapa unificada da esquerda. A articulação é intensa e a tendência é que o nome de Tarcísio ganhe ainda mais força caso o senador Flávio Bolsonaro não consiga demonstrar real capacidade de união. Por: Elaine Ribeiro

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