Por que o Brasil tem enfrentado tantos ciclones extratropicais — e como se proteger
- Elaine Ribeiro

- 15 de nov.
- 3 min de leitura

Nos últimos meses, meteorologistas têm alertado para um aumento na frequência de ciclones extratropicais que podem atingir o Brasil — especialmente nas regiões Sul e Sudeste —, gerando fortes ventos, chuvas intensas e ressacas costeiras. Entender os motivos por trás desse cenário e saber como proteger a família é cada vez mais urgente.

O que está causando esse aumento
Frentes frias mais recorrentes e intensasSegundo estudos recentes, uma das razões para a previsão de pelo menos três ciclones extratropicais até o fim de novembro decorre da incidência mais frequente de frentes frias vindas do Atlântico Sul. Essas frentes frias favorecem a formação de sistemas de baixa pressão que podem se organizar como ciclones.
Mudanças climáticas e atmosfera mais “energizada”Especialistas afirmam que o aquecimento global tem aumentado o calor e a umidade tanto na atmosfera quanto nos oceanos, fornecendo mais energia para esses sistemas. UOL+1 Modelos climáticos indicam que, mesmo que o número total de ciclones extratropicais não aumente dramaticamente, sua intensidade tende a crescer. Tempo.com | Meteored+1
Contrastes térmicos mais fortesCiclones extratropicais se formam justamente quando há confronto entre massas de ar muito frias e muito quentes. No Brasil, esses contrastes podem ser intensificados por gradientes de temperatura sobre o oceano ou entre diferentes regiões atmosféricas. Mundo Educação+2Brasil Escola+2
Ondas extremas e ressacas costeirasA relação entre ciclones extratropicais e ressacas é preocupante. Um estudo da USP mostra que esses eventos podem causar ondas muito fortes na costa — o que representa risco para comunidades litorâneas.
Quais os riscos para a população
Os principais impactos desses ciclones extratropicais no Brasil incluem:
Chuvas intensas, que podem provocar alagamentos e deslizamentos. Brasil Escola+1
Ventos muito fortes, capazes de derrubar árvores, postes, danificar casas e causar cortes de energia. Brasil Escola
Ressaca marítima, o que aumenta o risco de inundações costeiras e de acidentes na orla. Revistas USP
Queda de temperatura após a passagem do sistema, quando a massa fria toma o lugar da mais quente. Brasil Escola
Por que esse momento exige atenção especial
A UFRGS divulgou alerta para três possíveis ciclones até o final de novembro, o que demonstra um aumento recente da instabilidade climática. Diário do Litoral Essa previsão reforça a necessidade de preparação e conscientização, especialmente para quem mora nas regiões mais vulneráveis.

Como proteger a você e sua família
Aqui vão algumas dicas práticas para se preparar diante desse cenário de mais ciclones extratropicais:
Monitore fontes seguras
Acompanhe alertas meteorológicos por meio do INMET, Defesa Civil local e aplicativos confiáveis de previsão do tempo.
Tenha um plano familiar: definam um canal de comunicação (telefone, app, SMS) para avisar uns aos outros sobre alertas ou ordens de evacuação.

Entenda porque é tão importante proteger portas e janelas. Prepare a casa
Verifique o estado do telhado, calhas e rufos para evitar infiltrações.
Reforce portas, janelas e, se possível, invista em proteção contra ventos (como contraventanas).
Mantenha árvores e galhos mais perigosos podados, especialmente os que ficam muito próximos de estruturas ou fiações.

Veja como os Americanos que vivem em regiões muito atingidas por ciclones e tornados protejem suas casas. Kit de emergência
Monte um kit com itens essenciais como:
Lanternas, pilhas ou bateria extra para celular
Água potável (reserva para pelo menos 72 h)
Alimentos não perecíveis
Kit de primeiros socorros
Documentos importantes (cópias em uma pasta à prova d’água)
Plano de evacuação ou abrigo interno
Defina um local seguro dentro da casa para se abrigar se os ventos ficarem muito fortes (por exemplo, em cômodos internos, sem janelas, como banheiro ou corredor).
Se a região for costeira ou suceptível a ressacas, tenha um plano para evacuar se a Defesa Civil ou as autoridades emitirem alerta.
Seguro e comunicação
Verifique se sua casa ou bens estão segurados contra danos por tempestades, ventos fortes ou alagamentos.
Participe de reuniões de vizinhança ou grupos comunitários para organizar ações coletivas (como limpeza de bueiros ou reforço de estruturas vulneráveis).
Educação familiar
Ensine as crianças e outros membros da família sobre o que fazer durante alertas: onde se abrigar, como desligar a energia (se necessário) e como usar o kit de emergência.
Pratique simulações: uma vez por ano, façam um “treino” de evacuação ou de montagem do kit.
Embora os ciclones extratropicais não sejam novidade no Brasil, a intensificação recente — em parte impulsionada pelas mudanças climáticas e por frentes frias mais frequentes — exige mais atenção.
Preparar-se não significa alarmismo, mas sim adotar medidas práticas para proteger quem você ama. Estar bem informado, planejar, reforçar a estrutura da casa e ter um kit de emergência pode fazer uma grande diferença quando a natureza se manifesta com força. Por: Elaine Ribeiro





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